FLIM 2025: Maricá celebra 10 anos de sua Festa Literária Internacional com arte, música e memória

9/10/20252 min ler

A FLIM 2025 marca uma década de história em Maricá, celebrando a literatura em diálogo com a arte, a música e a memória cultural da cidade, reafirmando seu papel como um dos maiores encontros literários do estado.

FLIM 2025: Maricá celebra 10 anos de sua Festa Literária Internacional com arte, música e memória

(Escrito por: Rafaela Antunes e Leonardo Silveira - Jornal Hora Adm - Maricá)

Um encontro entre gerações, sotaques e sonhos transformou a cidade em palco da palavra

Maricá viveu, entre os dias 5 e 14 de setembro de 2025, um momento histórico. O Parque Nanci se tornou o coração pulsante da 10ª edição da FLIM (Festa Literária Internacional de Maricá), que já entrou para o calendário cultural do país. Mais de 100 escritores, pensadores e artistas ocuparam palcos, tendas e ruas com debates, oficinas, contações de histórias e shows que transformaram a cidade em um verdadeiro livro aberto.

Homenagem a Conceição Evaristo: a filha da terra que virou símbolo

Neste ano, a FLIM foi dedicada a Conceição Evaristo, escritora, poeta e moradora de Maricá. Reconhecida mundialmente por suas escrevivências, ela recebeu uma celebração emocionante: suas palavras ecoaram em debates, na voz de crianças da FLIMzinha e até nas músicas que encerraram as noites. A homenagem reforçou o elo entre a cidade e a memória coletiva negra e feminina que sua obra representa.

Vozes que ecoaram na cidade

A programação literária foi plural, reunindo nomes como Ruy Castro, Jessé Souza, Renato Noguera, Kiusam de Oliveira, MV Bill, Jessé Andarilho e Aline Midlej.

No Papo FLIM, o público acompanhou mesas que iam de “Crônicas Urbanas” até debates sobre periferia, política e futuro.

No FLIM Jovem, a juventude foi protagonista, com Projota, Thalita Rebouças, Faiska e Fumassa inspirando novos leitores e artistas.

Já o espaço FLIMzinha encantou as crianças com contações de histórias, teatro, oficinas e a energia contagiante da Mangueira do Amanhã.

Shows que emocionaram multidões

A literatura ganhou trilha sonora todas as noites de sexta a domingo. O cantor Seu Jorge abriu a festa com um show histórico, que emocionou milhares de pessoas. Depois vieram Leoni, Thiago Martins, Jorge Vercillo e Mari Fernandez, encerrando cada dia com música, dança e poesia em forma de canção.

Livros ao alcance de todos

Além das mesas e shows, a FLIM também foi marcada pela democratização da leitura. Editoras, coletivos literários e autores independentes ocuparam estandes, lançando obras e interagindo com leitores.

O destaque foi o FlimCard, que ofereceu R$ 200 em crédito digital para estudantes, universitários e profissionais da educação, garantindo que milhares de jovens levassem livros novos para casa.

Uma festa que é de todos

Mais do que um evento, a FLIM é hoje uma marca de Maricá. Durante dez dias, famílias inteiras circularam entre tendas, shows e estandes, vivendo a literatura como encontro, diálogo e celebração. A festa mostrou que a cidade não é apenas cenário, mas protagonista de um movimento cultural que une tradição, inclusão e futuro.

O legado

Ao encerrar sua 10ª edição, a FLIM deixou um recado claro: a literatura é viva, coletiva e transformadora. Em Maricá, ela se mistura às vozes do povo, aos tambores do samba, às rimas do rap e aos sonhos das crianças que seguravam seus primeiros livros.

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